O sistema imunitário é composto por um conjunto de células, tecidos e órgãos que atuam em conjunto para proteger o corpo contra infeções causadas por diferentes microrganismos.
As vacinas são medicamentos desenvolvidos a partir de agentes infeciosos, como vírus ou bactérias, ou da informação genética neles contida. O objetivo das vacinas é estimular o sistema imunitário a produzir uma resposta (anticorpos) contra uma ou várias doenças infeciosas. A vacinação é, assim, uma das formas mais simples, eficazes e seguras de prevenir diversas doenças transmissíveis.
A vacinação salva milhões de vidas por ano, ao prevenir doenças como a difteria, tétano, tosse convulsa, poliomielite, gripe ou sarampo. Ao vacinar-se, está a proteger-se a si e àqueles que o rodeiam, ao impedir que doenças evitáveis se disseminem na sua comunidade.
Os doentes oncológicos apresentam frequentemente um sistema imunitário enfraquecido devido à própria doença e aos seus tratamentos, tornando-os mais suscetíveis a desenvolver infeções graves. As vacinas ajudam a prevenir estas infeções, protegendo contra doenças como a gripe, a pneumonia, entre outras infeções bacterianas e virais. Todavia, para garantir uma vacinação segura do doente oncológico, é necessário ter sempre em consideração diversos fatores como:
As vacinas inativadas, por conterem apenas parte de um vírus ou bactéria morto, são consideradas seguras em indivíduos com o sistema imunitário enfraquecido, pelo que podem, normalmente, ser administradas em qualquer altura; contudo, idealmente, deverão ser administradas até duas semanas antes do início do tratamento, de modo que seja obtido o efeito protetor desejado. Quando administradas num intervalo de tempo inferior, ou durante a quimioterapia, a resposta imunitária pode ser insuficiente, podendo haver necessidade de revacinação uma vez que o sistema imunitário se restabeleça. Após concluído o tratamento, os doentes deverão aguardar pelo menos três meses até serem vacinados, e seis meses no caso de tratamento com fármacos que causem diminuição de um tipo de glóbulos brancos - os linfócitos B.
Caso o sistema imunitário esteja demasiado enfraquecido, o organismo poderá não ser capaz de desenvolver anticorpos contra o agente infecioso. Nestes casos, os médicos muitas vezes aconselham esperar até que o sistema imunitário esteja mais forte antes de administrar a vacina. Contudo, em algumas situações, quando o risco de infeção é muito elevado, podem aconselhar a que a vacina seja administrada, uma vez que poderá proporcionar alguma proteção.
Algumas vacinas podem ser prejudiciais, nomeadamente, as vacinas vivas atenuadas, que incluem na sua composição uma forma enfraquecida/atenuada do microrganismo vivo (bactéria ou vírus). Em pessoas com sistemas imunitários saudáveis, estas vacinas são geralmente seguras e eficazes. Nos doentes oncológicos, especialmente nos que se encontram sob tratamento de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia, o enfraquecimento do seu sistema imunitário pode levar a que este não tenha capacidade de combater a versão enfraquecida do agente patogénico presente na vacina, resultando no desenvolvimento de uma infeção ativa. Por este motivo, as vacinas vivas atenuadas são contraindicadas em pessoas com cancro. Também poderá ser necessário, temporariamente, evitar o contacto com outras pessoas que tenham recebido este tipo de vacinas.
No caso de um doente oncológico necessitar de receber uma vacina viva atenuada, esta deverá ser administrada até quatro semanas antes do início da quimioterapia, estando a sua administração contraindicada durante o tratamento. Os doentes que estejam em programa de vigilância e/ou que tenham completado a sua quimioterapia há pelo menos três meses podem receber vacinas vivas atenuadas. Caso tenham sido tratados com terapêuticas biológicas, deverão aguardar pelo menos 12 (doze) meses até à vacinação.
É, assim, fundamental conhecer quais as vacinas que são seguras para pessoas com o sistema imunitário enfraquecido. Antes de tomar qualquer vacina, converse sempre com o seu médico e farmacêutico sobre o tipo de cancro e tratamento, fatores de risco para contrair uma doença que possa ser prevenida através da vacinação, e qual o melhor momento para tomar a vacina.
Tal como acontece com a gripe, o vírus que causa a COVID-19 pode mudar ao longo do tempo, pelo que a proteção conferida por vacinas anteriormente recebidas pode ser insuficiente, caso uma pessoa seja exposta a uma versão mais recente do vírus. Deste modo, é recomendado um reforço sazonal da vacinação contra a COVID-19.
Estas são vacinas inativadas, pelo que ambas podem ser administradas. Idealmente, devem ser administradas pelo menos quatro a seis semanas antes do início da quimioterapia ou radioterapia. Caso não seja possível, podem ser administradas até duas semanas antes do tratamento. Se só for possível a administração após o tratamento, aplicam-se as regras gerais (já referidas). Consulte o seu médico especialista sobre qual a melhor altura para receber a vacina.
A vacinação dos familiares que habitam e/ou dos cuidadores de uma pessoa com cancro tem um papel fundamental na proteção destes doentes. As vacinas inativadas podem ser administradas sem contraindicações ou precauções específicas. Deverá ser assegurado que estas pessoas são vacinadas de acordo com o Programa Nacional de Vacinação (PNV) e, nas épocas próprias, com a vacina contra a gripe e contra a COVID-19.
Por outro lado, a administração de vacinas vivas pode exigir precauções especiais. Em geral:
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